Brit Hadasha: Pão e Vinho - Ensinamentos Profundos!
Tabela de Conteúdos
- Introdução
- A Última Ceia: um novo mandamento?
- O Messias adicionou um mandamento à Torá?
- A analogia do pão como corpo
- O Messias como a Torá personificada
- A escrita da Torá em nossos corações
- O vinho como sangue
- A contradição aparente na Torá
- O simbolismo do vinho como sangue
- O esmagamento do Messias
- O novo coração e o novo espírito
- Conclusão
- Agradecimentos
🍞🍷 A Última Ceia: Pão, Vinho e a Nova Aliança 🌿
Na famosa passagem da Última Ceia, o Messias utilizou pão e vinho como metáforas para o seu corpo e sangue. Isso levanta duas questões principais: seria este um novo mandamento, adicionando algo à Torá e violando Deuteronômio 4:2? E por que o Messias compararia seu sangue ao vinho, sendo que a Torá proíbe o consumo de sangue?
1. A Última Ceia: um novo mandamento?
Antes de tudo, é importante entender que o Messias não estava adicionando um mandamento à Palavra de Deus. Caso contrário, ele estaria indo contra a própria lei de Deus, o que é definido como pecado. A Torá é clara em Deuteronômio 4:2: "Não acrescentem nada ao que eu ordeno, nem tirem qualquer coisa, para que obedeçam aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que eu lhes ordeno".
O Messias reconhecia a autoridade da Torá, citando-a em Mateus 4:4: "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'". Dessa forma, ele reforçava a importância de toda a Palavra de Deus e a obediência a ela. Portanto, se o Messias estivesse acrescentando ou removendo algo da Torá, ele seria considerado um falso profeta pela própria definição da Bíblia.
O pão utilizado na Última Ceia está relacionado à Torá, pois a própria Torá simboliza o pão. Deuteronômio 8:3 declara: "Ele te humilhou, e te deixou com fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais conheciam, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor". O pão é associado simbolicamente a todas as palavras que procedem da boca de Deus, ou seja, as palavras dadas no Sinai, que são a Torá.
Deste modo, o momento em que o Messias declara que o pão é o seu corpo é uma forma de mostrar que ele é a própria Torá personificada. Ele ensinou e deu uma interpretação definitiva da Torá, conforme registrado em Mateus 5:17-19: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Pois eu asseguro que, até que o céu e a terra desapareçam, nem um i ou um til jamais desaparecerá da Lei até que tudo se cumpra. Portanto, qualquer que obedecer aos mandamentos mais insignificantes e ensinar os outros a segui-los será chamado menor no Reino dos céus; mas qualquer que desobedecer a um desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus".
Portanto, o Messias não estava adicionando um novo mandamento, mas mostrando que ele é a Torá em sua plenitude. Ele é aquele que nos liberta do pecado e da morte, bem como nos ensina a viver de acordo com a Torá, a qual é a base do nosso relacionamento com Deus.
2. O vinho como sangue
A associação do vinho com sangue representa a esmagadora crucificação do Messias por nossos pecados e a oportunidade de nós, como Casa de Judá e Casa de Israel, entrarmos na Nova Aliança.
Inicialmente, há uma aparente contradição na Torá, uma vez que há várias passagens que proíbem o consumo de sangue. Por exemplo, Levítico 7:26 declara: "E vocês não deverão comer nenhum tipo de sangue, nem de ave nem de animal, onde quer que vivam, tanto o estrangeiro como o natural, pois aquele que comer sangue será separado do seu povo". Também em Levítico 17:10-12 está escrito: "Se qualquer israelita ou estrangeiro residente entre eles comer qualquer quantidade de sangue, porei a minha face contra o que comer sangue e o eliminarei do meio do seu povo. Pois a vida de toda criatura está em seu sangue. Foi isso que eu dei a vocês para fazerem expiação por vocês mesmos no altar. É o sangue que faz expiação pela vida. Por isso eu disse aos israelitas: ‘Nenhum de vocês, nem estrangeiro residente entre vocês, deverá comer sangue’".
No entanto, o vinho é frequentemente usado simbolicamente como sangue proveniente das uvas, como está registrado em Gênesis 49:11: "Ele amarrará o seu jumentinho à videira, o seu burrinho ao melhor ramo; lavará as suas vestes com vinho e as suas roupas com o sangue das uvas". O sangue das uvas é simbolicamente tratado como sangue de animais na Torá. Deuteronômio 32 também menciona o vinho feito a partir do sangue das uvas.
Dessa forma, o Messias utiliza a analogia do vinho como seu sangue em relação ao esmagamento que ele sofreu por nossos pecados. Isso nos permite entrar na Nova Aliança. Em 1 Coríntios 11:25, está escrito: "Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso sempre que o beberem, em memória de mim'".
A Nova Aliança é discutida em Hebreus 8, onde mostra que o Messias é o nosso sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. O pão e o vinho que ele oferece durante a Última Ceia são símbolos desta Nova Aliança. É interessante observar que a primeira menção a Melquisedeque nas Escrituras também envolve pão e vinho, como registrado em Gênesis 14:18: "Então Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; ele era sacerdote do Deus Altíssimo".
Desta forma, o pão e o vinho simbolizam a morte sacrificial do Messias e a oportunidade de entrarmos na Nova Aliança com Deus. É importante lembrarmos do propósito deste ato simbólico estabelecido pelo Messias, seguindo a sua graça, a qual é concedida por meio da nossa fé. Devemos lembrar do Messias e praticar o que ele ensinou como a Torá personificada, sempre prestando atenção às nossas atitudes e ao amor ao próximo.
Destaques
- O Messias não estava adicionando um novo mandamento à Torá, mas mostrando que ele é a Torá personificada em sua plenitude.
- O pão utilizado na Última Ceia representa a Torá, que é simbolicamente associada a todas as palavras que procedem da boca de Deus.
- O vinho utilizado na Última Ceia simboliza o sacrifício do Messias e a oportunidade de entrarmos na Nova Aliança com Deus.
- A relação entre o pão e o vinho representa o ensino do Messias como a Torá personificada e a importância de seguirmos a Torá em nossas vidas.
FAQs
Q: O Messias adicionou um novo mandamento à Torá?
A: Não, o Messias não estava adicionando um novo mandamento à Torá. Ele estava mostrando que ele é a Torá personificada e ensinando a importância de seguir a Palavra de Deus.
Q: Por que o Messias comparou seu sangue ao vinho?
A: O Messias utilizou a analogia do vinho como sangue para simbolizar o seu sacrifício e a oportunidade de entrarmos na Nova Aliança com Deus.
Q: O consumo de sangue não é proibido pela Torá?
A: Embora a Torá proíba o consumo de sangue, o vinho é frequentemente usado simbolicamente como sangue derivado das uvas, o que permite a analogia do Messias comparando seu sangue ao vinho.
Q: Qual é o propósito de comer o pão e beber o vinho na comunhão?
A: O propósito é lembrar do sacrifício do Messias e praticar o que ele ensinou como a Torá personificada, seguindo a sua graça e amor ao próximo.