Conflito Israel-Palestina: uma história breve e simples

Índice

• Introdução
• Origens do conflito Israel-Palestina
  • Sob o domínio otomano
  • O movimento sionista e a identidade palestina
  • A criação de Israel
• A ocupação israelense e o surgimento da resistência palestina
  • Os assentamentos e a ocupação dos territórios palestinos
  • A Primeira Intifada e a criação do Hamas
• Os Acordos de Oslo e o impasse na busca pela paz
  • O estabelecimento da Autoridade Palestina
  • A Segunda Intifada e sua influência no conflito
• Atualidade e perspectivas futuras
  • Atraso nas negociações e a construção de muros e checkpoints
  • A situação em Gaza e o bloqueio israelense
• Conclusão
• Perguntas frequentes

👉 Origens do conflito Israel-Palestina

O conflito entre Israel e Palestina é frequentemente associado a séculos de ódio religioso, mas a realidade é que essa disputa é principalmente sobre a ocupação de terras e o desejo de dois grupos de pessoas de reivindicar a mesma região. Sua história remonta apenas ao início do século XX, quando a região que hoje chamamos de Israel-Palestina estava sob controle do Império Otomano, sendo habitada principalmente por muçulmanos e cristãos, além de uma pequena comunidade judaica.

Conforme o nacionalismo árabe se desenvolvia na região, os palestinos começaram a identificar-se como uma entidade nacional distinta. Paralelamente, o movimento sionista ganhava força na Europa, defendendo o estabelecimento de um estado judeu em resposta à perseguição histórica sofrida pelos judeus. Para muitos judeus, a esperança de um refúgio seguro estava em sua terra ancestral, no Oriente Médio.

Após a queda do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, os britânicos assumiram o controle do território e permitiram a imigração judaica. No entanto, o aumento do número de judeus na região gerou tensões crescentes entre judeus e árabes locais. O conflito alcançou um ponto crítico após o Holocausto, com um número ainda maior de judeus fugindo para a Palestina, enquanto os árabes viam a imigração judaica como uma ameaça à sua própria existência.

Em 1947, a ONU aprovou um plano de divisão do território britânico da Palestina em dois estados distintos: um para os judeus e outro para os árabes. Entretanto, a rejeição do plano pelos estados árabes e a resistência à criação de Israel resultaram em uma guerra entre as duas partes. No final do conflito, Israel conquistou ainda mais terras do que as estabelecidas pelas fronteiras do plano das Nações Unidas, e grandes números de palestinos foram expulsos de suas casas, gerando uma crise humanitária que persiste até hoje.

Foi assim que o conflito árabe-israelense teve início, com Israel ocupando os territórios palestinos e governando a população palestina que havia lutado por sua independência. Essa ocupação, juntamente com a construção de assentamentos israelenses em território palestino, tornou-se uma fonte constante de tensões e violência. Nos próximos tópicos, abordaremos a resistência palestina e os esforços de paz que foram feitos para resolver o conflito.