Disparidades Raciais na Pandemia de Coronavírus
Tabela de conteúdos
- Introdução
- Disparidades raciais na pandemia de coronavírus
- 2.1 Condições estruturais e saúde nas comunidades negras
- 2.2 Acesso limitado a testes e triagem
- 2.3 O impacto econômico nos afro-americanos
- Tratamento desigual nos hospitais
- 3.1 Maior probabilidade de serem enviados para casa
- 3.2 Relação paciente-médico e a necessidade de ouvir
- A visão de Donald Trump e sua relação com a comunidade afro-americana
- 4.1 A realidade do desemprego e da qualidade dos empregos
- 4.2 O apoio dos afro-americanos a Donald Trump
- Conclusão
🦠 Disparidades Raciais na Pandemia de Coronavírus: Estruturas Sociais e Saúde
A pandemia de coronavírus causou uma série de desafios em todo o mundo, afetando diferentes grupos de maneiras distintas. Um aspecto preocupante dessa crise global é a disparidade racial que se manifestou nos Estados Unidos. De acordo com estudos realizados pelo dr. Roshan Raya Rubinstein, estudioso da Brookings Institution e professor associado de sociologia na Universidade de Maryland, está ficando claro que a comunidade afro-americana está sofrendo um impacto desproporcional da COVID-19.
2.1 Condições Estruturais e Saúde nas Comunidades Negras
É importante reconhecer que as condições estruturais nas quais os afro-americanos vivem têm um papel significativo nas disparidades que estamos vendo. Muitas das comunidades predominantemente negras têm acesso limitado a opções de alimentos saudáveis, espaços verdes, iluminação adequada e segurança. Além disso, a falta de farmácias em proximidade torna difícil para essas comunidades obterem suas prescrições de maneira rápida e eficiente. Essa falta de infraestrutura de suporte está colocando os afro-americanos em maior risco de contrair o vírus e morrer dele.
2.2 Acesso Limitado a Testes e Triagem
Em muitas áreas urbanas, como Nova York, as comunidades afro-americanas também têm menos acesso a locais de teste e triagem para a COVID-19. Os serviços de transporte público foram reduzidos, o que dificulta ainda mais a chegada a esses locais. Como resultado, os afro-americanos estão sendo submetidos a um maior tempo de exposição ao vírus, o que aumenta suas chances de desenvolver sintomas graves e ter um desfecho fatal.
2.3 O Impacto Econômico nos Afro-Americanos
Outro fator importante a considerar é o impacto econômico da pandemia nos afro-americanos. De acordo com o Instituto de Política Econômica, apenas 20% dos trabalhadores negros relataram serem elegíveis para trabalhar em casa, em comparação com cerca de 30% de seus homólogos brancos. Isso significa que muitos afro-americanos são obrigados a continuar trabalhando, mesmo em meio à pandemia, para manter seus empregos e sustentar suas famílias. Esses trabalhadores são frequentemente empregados em setores que são considerados "essenciais", como supermercados, serviços de saneamento e transporte público. No entanto, o salário e os benefícios desses empregos muitas vezes não são adequados, colocando os afro-americanos em uma posição de maior vulnerabilidade.
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