Os 6 dias que mudaram o Oriente Médio: A Guerra Árabe-Israelense de '67
Tabela de Conteúdos
- Introdução
- Fundação de Israel e guerra de 1948
- Ascensão de Gamal Abdul Naser e suas relações com Israel
- A Crise do Canal de Suez e a resposta internacional
- Preparativos para a Guerra dos Seis Dias
- Ataque aéreo israelense e destruição da Força Aérea Egípcia
- Vitórias israelenses em terra e a ocupação de territórios
- Consequências do conflito: Expansão de Israel e tensões regionais
- Estabelecimento de assentamentos judaicos nos territórios ocupados
- Preparação para a Guerra de Yom Kipur
🏆 Destaques
- A Guerra dos Seis Dias marcou uma vitória surpreendente para Israel, que conseguiu derrotar rapidamente as forças árabes.
- A ocupação dos territórios do Sinai, Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golã aumentou a extensão do Estado de Israel.
- A Guerra dos Seis Dias teve grandes consequências, incluindo o estabelecimento de assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados e o agravamento das tensões no Oriente Médio.
🌍 A Guerra dos Seis Dias: A Vitória Surpreendente de Israel 🇮🇱
A 15 de maio de 1967, em comemoração aos 19 anos desde a fundação de Israel, foi realizado um desfile de poder militar. No entanto, esse evento público ocorreu sob uma sombra escura, pois o presidente egípcio Gamal Abdul Naser havia ordenado que suas forças ocupassem posições nas fronteiras com Israel. Três semanas depois, em 5 de junho de 1967, Israel lançou uma guerra total contra seus vizinhos árabes. Após apenas seis dias de combate, Israel conseguiu uma vitória total, derrotando os exércitos do Egito, Jordânia e Síria, conhecida pelos israelenses como a Guerra dos Seis Dias. Os ganhos territoriais de Israel mudariam o mapa do Oriente Médio até os dias de hoje. A ocupação israelense dessas terras é o principal obstáculo para a paz nessa região turbulenta. Esses vastos territórios que o Exército de Israel havia conquistado os intoxicaram completamente. Todos estavam intoxicados, ninguém conseguia pensar direito. No entanto, a história dessa guerra é muito mais longa do que os seis dias de combate. Suas raízes remontam a duas décadas antes de 5 de junho de 1967.
2. Fundação de Israel e guerra de 1948
Tudo começou em 14 de maio de 1948, quando o líder sionista David Ben-Gurion declarou o estabelecimento do Estado de Israel. No dia seguinte à declaração, cinco exércitos árabes invadiram a Palestina: os libaneses atacaram do norte, os sírios, iraquianos e jordanianos chegaram pelo leste, mas a maior ameaça veio do sul, com o avanço do exército egípcio até a Vila de Ybaa, a 22 quilômetros de Tel Aviv. Nós éramos uma linha de soldados muito fraca, defendendo o que era praticamente a última linha de defesa de Tel Aviv. No entanto, a pressão sobre os israelenses foi aliviada quando um cessar-fogo inquebrantável entrou em vigor. O movimento sionista comprou armas no mercado negro europeu, enquanto os exércitos árabes desfrutavam de suprimentos do mainstream fornecidos por Estados. A França fornecia os libaneses e sírios, enquanto os britânicos forneciam egípcios, jordanianos e iraquianos com um fluxo constante de armas. Em 1948, as Nações Unidas impuseram um embargo ao envio de armas para o Oriente Médio, e os britânicos e franceses obedeceram a esse embargo. Quando o cessar-fogo expirou, os israelenses, que agora estavam melhor armados, partiram para expulsar os exércitos árabes da Palestina. Até o final de outubro, à medida que as tropas israelenses avançavam, uma brigada egípcia foi cercada em uma Vila Palestina chamada Aluja. Entre os oficiais presos nesse cerco estava um jovem major, Gamal Abdul Naser. Com seus exércitos presos em um impasse, as delegações egípcia e israelense se reuniram na ilha de RADS, sob os auspícios das Nações Unidas. Após um mês de negociações, eles chegaram a um acordo de armistício.
Pros:
- O acordo de armistício encerrou o derramamento de sangue e estabeleceu um período de paz relativa.
- As fronteiras de Israel foram consolidadas, permitindo a criação de um Estado judeu viável.
Contras:
- Os palestinos foram deslocados e o problema dos refugiados se agravou, criando tensões duradouras na região.
- O status de Jerusalém não foi resolvido, criando uma fonte contínua de tensões entre israelenses e palestinos.
3. Ascensão de Gamal Abdul Naser e suas relações com Israel
Três anos após o fim da guerra, os oficiais livres iniciaram uma revolução, conhecida como Revolução de Julho, no Egito. Derrubaram o Rei Faruque do Egito e o exilaram. O tenente-coronel Gamal Abdul Naser, o mentor por trás do que agora era chamado de Revolução de Julho, rapidamente se tornou o líder de facto do país. Em Israel, essa notícia despertou temores enraizados, especialmente no Kibutz Deuker, a casa de aposentadoria do primeiro-ministro fundador de Israel, David Ben-Gurion. Ben-Gurion sempre temeu que um dia um novo Kemal Atatürk surgisse no mundo árabe e unisse todo o mundo árabe contra Israel. Esse medo e preocupação aumentaram quando Naser chegou ao poder em 1954. Em fevereiro de 1955, Ben-Gurion voltou à vida política, desta vez como ministro da defesa. Apenas uma semana após assumir o cargo, Ben-Gurion enviou 150 paraquedistas israelenses liderados pelo Major Ariel Sharon para atacar uma base militar egípcia perto de Gaza. 40 soldados egípcios foram mortos e muitos outros ficaram feridos. Quando Ben-Gurion retornou, ele decidiu imediatamente mostrar que Israel não cederia desta vez. A partir da fronteira com o Egito, as provocações e ataques de infiltrados estavam aumentando. Alegando que estavam em águas territoriais egípcias, Naser fechou o Estreito de Tiran, na entrada do Golfo de Aqaba, para os navios que navegavam para e do porto israelense de Eilat. Para fortalecer seu exército, Naser buscou mais armas do Ocidente, mas dessa vez, sem sucesso. Então, em uma ação surpresa, ele se voltou para o Leste. O novo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sr. Shapoff, não perdeu tempo em se envolver nos assuntos do Oriente Médio e em breve estava em negociações com o presidente Naser. O Egito fez um enorme acordo de armas com a Tchecoslováquia, que era na verdade com a União Soviética. A Tchecoslováquia deveria fornecer ao Egito 200 aviões, tanques e milhares de canhões. Em novembro de 1955, Ben-Gurion iniciou seu segundo mandato como primeiro-ministro de Israel. No topo de sua agenda estava como responder ao crescente poder do Egito, agora armado até os dentes. Oito meses depois, a oportunidade surgiu quando Naser anunciou a nacionalização do Canal de Suez. Uma decisão que indignou britânicos e franceses, proprietários da companhia internacional do Canal.
Pros:
- Naser nacionalizou o Canal de Suez, dando ao Egito maior controle sobre sua infraestrutura econômica.
- O acordo militar com a Tchecoslováquia e a União Soviética fortaleceu o exército egípcio.
Contras:
- A nacionalização do Canal provocou a reação hostil de britânicos e franceses, que conspiraram para uma intervenção militar.
- As relações entre Israel e o Egito foram severamente afetadas pelo apoio egípcio a grupos militantes palestinos.
4. A Crise do Canal de Suez e a resposta internacional
A questão do Canal de Suez rapidamente se transformou em uma crise internacional, com britânicos e franceses ameaçando uma ação militar para recuperar o controle do canal e derrubar Naser. No entanto, precisavam de um pretexto. Em 29 de outubro de 1956, forças israelenses cruzaram a fronteira para o Egito, embora ainda estivessem a certa distância do canal. Britânicos e franceses pediram a ambos os lados que se retirassem quando Naser rejeitou o ultimato, as tropas britânicas e francesas começaram a desembarcar em Port Said, no extremo do Mediterrâneo do canal. Os Estados Unidos não foram consultados e nem informados de qualquer fase dessas ações, e seu presidente, Lyndon B. Johnson, emitiu um aviso direto a qualquer lado que iniciasse a guerra. Era uma ameaça velada ao presidente egípcio Naser. Na verdade, Israel, embora aparentemente em desvantagem, estava muito mais preparado para a guerra do que qualquer um de seus oponentes árabes. O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Itak Be, visitou a linha de frente para encontrar as tropas esperando pela luz verde. Após a ação de Naser, Israel teve que mobilizar todas as suas forças e reservistas e também considerar um ataque preventivo. O ataque preventivo foi visto pelos israelenses como uma reação às ações agressivas do lado egípcio. A campanha aérea começou nas primeiras horas de 5 de junho de 1967, quando a Força Aérea Israelense decolou para entregar o primeiro golpe. Chegariam aos aeródromos egípcios exatamente às 7h45min, a fim de evitar a detecção pelo radar. Voaram primeiro para o norte, depois para o oeste, sobre o Mediterrâneo, viraram para o sul e chegaram do norte, não do leste, como os egípcios esperavam.
Resultados: A vitória extraordinária de Israel e suas consequências
Após o primeiro contato com a Força Aérea Israelense, os egípcios sofreram uma derrota esmagadora e perderam 80% de sua Força Aérea, com mais de 300 aviões destruídos no solo. A vitória aérea de Israel foi seguida por avanços em terra, onde conquistaram o Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, bem como as Colinas de Golã. No entanto, a conquista dessas terras trouxe consigo uma série de problemas e tensões duradouras. O estabelecimento de assentamentos judaicos nos territórios ocupados exacerbou os conflitos com os palestinos e dificultou ainda mais a busca por uma solução pacífica. A Guerra dos Seis Dias marcou uma vitória surpreendente para Israel, mas também desencadeou uma série de eventos que ainda afetam a região do Oriente Médio até hoje.
FAQs
Q: Qual foi o principal motivo para a guerra dos Seis Dias?
A: A escalada das tensões entre Israel e seus vizinhos árabes, especialmente o bloqueio do Estreito de Tiran e a nacionalização do Canal de Suez pelo Egito, criaram um ambiente propício para o conflito.
Q: Quais foram as principais consequências da Guerra dos Seis dias?
A: A guerra resultou na expansão territorial de Israel, ocupando o Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã. Além disso, aumentou a tensão e a hostilidade entre Israel e os países árabes vizinhos, criando um cenário de insegurança e conflito contínuo.
Q: Qual foi o papel das potências internacionais na Guerra dos Seis Dias?
A: A guerra contou com a participação indireta de várias potências internacionais. Os Estados Unidos tentaram evitar o conflito, mas foram amplamente percebidos como apoiadores de Israel. Por outro lado, a União Soviética apoiou militar e politicamente os países árabes, fornecendo armas e suporte financeiro.
Q: A Guerra dos Seis Dias ainda tem impacto na política do Oriente Médio atualmente?
A: Certamente, os territórios ocupados por Israel durante a guerra continuam sendo uma fonte central de tensões e conflitos na região. As questões relacionadas aos assentamentos israelenses, o status de Jerusalém e o futuro dos palestinos são questões fundamentais que ainda afetam as relações entre Israel e os países árabes.
Q: Quais foram as principais razões para a rápida vitória de Israel?
A: A rápida vitória de Israel pode ser atribuída a vários fatores, incluindo sua superioridade aérea devido ao ataque aéreo devastador em aeródromos egípcios, a mobilização eficiente de suas forças e suas táticas militares eficazes. Além disso, a fragmentação e falta de coordenação entre os países árabes desempenharam um papel importante na derrota deles.